TRANSIÇÕES PARA O AUTORITARISMO NO SÉCULO XXI? DEMOCRACIAS LIMINAIS
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v38i0.64458Palavras-chave:
Democracia, Transição, Teoria social, Autoritarismo, LiminaridadeResumo
Num contexto americano e europeu de governos com fortes elementos autoritários, este artigo retorna à questão da classificação dos regimes políticos, das mudanças entre autoritarismo e democracia, propondo um diálogo entre as conceituações clássicas dos estudos de transição para a democracia e as teorias antropológicas sobre situações de liminaridade. Liminalidade em antropologia se refere ao momento específico em que um ser não é nem A nem B, mas está em um processo em que deixou de ser A, mas ainda não se tornou B. Com a expansão de regimes políticos “transitórios” ou indefinidos, a noção de liminaridade é um complemento relevante ao conceito de regimes híbridos. Além disso, desde o início há um contraponto entre a noção de transição e a de liminaridade para considerar as nuances da mudança de regime. O foco deste artigo está especificamente na fase conhecida como “transição”, suas semelhanças e implicações com o conceito de “liminaridade”. Também se buscará mostrar que essa fase tende a se estabilizar e que carece de uma direcionalidade pré-determinada. Provavelmente vale a pena não apenas revisar nossas classificações, mas também esclarecer como os esforços democráticos são orientados em contextos de democracias liminares.
Downloads
Referências
ARDITI, B. Is There Such a Thing as Populism? 3 Provocations and 5 1/2 Proposals. Nueva York: Routledge, 2025.
CRUTZEN, P. J. Y STOERMER, E. F. «The ‘Anthropocene’». Global Change Newsletter, v. 41, p. 17-18, 2000. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/ https://www.egu.eu/newsletter/geoq/12/externalnews.pdf Acesso em: 1 mar. 2025.
GARATEGARAY, M.; REANO, A. La transición democrática en debate. Una propuesta teórico-metodológica para el análisis de las transiciones latinoamericanas. Izquierdas, v. 49, p. 706-724abril 2020. DOI:10.4067/S0718-50492020000100238 Acesso em: 1 mar. 2025.
GARATEGARAY, M. Reflexiones sobre la transición a la democracia: de la ciencia política a los lenguajes políticos. Millcayac - Revista Digital de Ciencias Sociales, [s.l.], v. 10, n. 19, 2023. Disponível em: https://revistas.uncu.edu.ar/ojs3/index.php/millca-digital/article/view/7068. Acesso em: 12 mar. 2025.
GARCÍA CANCLINI, N. ¿De qué lado estás? In: GRIMSON, A. (comp.). Fronteras, naciones e identidades. [s.l.]: La Crujía, 2000.
GARCÍA CANCLINI, N. El mundo entero como un lugar extraño. Barcelona: Gedisa, 2014.
GRIMSON, A. Paisajes emocionales de la ultraderecha masiva. ¿La gente vota contra sus intereses?, México: Universidad de Guadalajara, 2025. Disponible en https://editorial.udg.mx/gpd--9786075813172-67377a99ef0e9.html Acesso em: 1 mar. 2025.
GRIMSON, A. La nación en sus límites. Barcelona: Gedisa, 2004.
HILL COLLINS, P. Learning from the Outsider Within: The Sociological Significance of Black Feminist Thought. Social Problems, [s.l.], v. 33, Issue 6, p. s14–s32, 1986. DOI: https://doi.org/10.2307/800672 Disponível em: https://academic.oup.com/socpro/article/33/6/s14/1610242 Acesso em: 1 mar. 2025.
ILLOUZ, E. La vida emocional del populismo. Cómo el miedo, el asco, el resentimiento y el amor socavan la democracia. Buenos Aires: Katz Editores, 2023.
LACLAU, E. La razón populista. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2005.
LESSGART, C. Usos de la transición a la democracia. Ensayo, ciencia y política en la década del ochenta. Estudios sociales, [s.l.], v. 22-23, p. 162-185, 2003.
LESGART, C. Entre las experiencias y las expectativas. Producción académico-intelectual de la transición a la democracia en el Cono Sur de América Latina. Ayer. Revista de Historia Contemporánea, Madrid, España, v. 81, n. 1, p. 145–169, 2011. Disponível em: https://www.revistasmarcialpons.es/revistaayer/article/view/lesgart-entre-las-experienciasy-las-expectativas. Acesso em: 12 mar. 2025. LESSGART, C. Usos de la transición a la democracia. Rosario: Ediciones Homo Sapiens, 2023.
LEVITSKY, S.; ZIBBLAT, D. Cómo mueren las democracias. Barcelona: Ariel, 2018.
MOUFFE, C. Por un populismo de izquierda. Buenos Aires: Siglo XXI, 2018.
NUN, J. La teoría política y la transición a la democracia. In: NUN J. PORTANTIERO, J. C. Ensayos sobre la transición a la democracia en Argentina. Buenos Aires: Puntosur, 1987. p. 15-56.
NUN, J.; PORTANTIERO, J. C. 1987. Ensayos sobre la transición a la democracia en Argentina. Buenos Aires: Puntosur, 1987.
O’DONNELL, G., SCHMITTER, P.; WHITEHEAD, L. Transitions from Authoritarian Rule. [s.l.]: The Johns Hopkins University Press, 1986.
RANCIÉRE, Jacques. El desacuerdo. Buenos Aires: Nueva Visión, 1995.
REGUILLO, R. Necromáquina. Cuando morir no es suficiente. Barcelona: Ned, 2021
RUSTOW, D. Transitions to democracy. Toward a Dynamic Model. Comparative Politics, [s.l.], v. 3, 1970.
SELIGMAN, L. To Be In Between: The Cholas as Market Women. Comparative Studies in Society and History, [s.l.], v. 31, n. 4), p. 694-721, 1989.
SEMÁN, P. (coord.). Está entre nosotros. Buenos Aires: Siglo XXI, 2023.
TURNER, V. Variations on a Theme of Liminality. In: DE MOORE, Sally. Falk and Meyerhoff, Barbara: Secular Ritual. [s.l.]: Van Gorcum, 1977.
TURNER, V. La selva de los símbolos. Madrid: Siglo XXI, 1999.
VAN GENNEP, A. Los ritos de paso. Buenos Aires: Alianza editorial, 2008.
VIDA, S. Los regímenes políticos híbridos: democracias y autoritarismos con adjetivos. Revista de estudios políticos (nueva época), Madrid, enero-marzo, p. 165-185, 2010. Disponível em: https://recyt.fecyt.es/index.php/RevEsPol/article/view/44340 Acesso em: 1 mar. 2025.
ZAKARIA, F. The Rise of Illiberal Democracy. Foreign Affairs, 1997.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo o conteúdo da revista, exceto onde indicado de outra forma, é licenciado sob uma atribuição do tipo Creative Commons BY.
O periódico Caderno CRH on-line é aberto e gratuito.