NEOLIBERALISMO, FINITUDE HUMANA E MEDICALIZAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.9771/ccrh.v37i0.62639Palabras clave:
Neoliberalismo, Ideologia felicista, Finitude humana, Medicalização, Inflação diagnósticaResumen
Este artigo pretende acompanhar as correlações entre a percepção histórica da modernidade europeia sobre a finitude humana e as suas consequências para a dinâmica contemporânea da medicalização e da hiperinflação diagnóstica na área da saúde mental. Discutindo os temas da utilização do tempo e dos tempos de trabalho e de ócio em culturas não capitalistas, concluímos que o capitalismo tardio revela contradições intrínsecas relacionadas à hegemonia social da ideologia do felicismo em meio ao desemprego estrutural e trabalhos precarizantes, bem como a identificação de uma epidemia universal de depressão.
Descargas
Citas
ARIÈS, Phillipe. Storia Della morte in Ocidente: Dal Medioevo ai Giorni Nostri. Milano: RSC Rizzoni Libreria, 1978.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1972. (Os Pensadores).
ASSIS, Machado de. O Alienista: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. 2.
BERARDI, Franco. A fábrica da infelicidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2005.
BEZERRA, Benilton. A História da Psicopatologia no Brasil. [S. l.: s. n.], 2013. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/587402966/A-Historia-da-Psicopatologiano-Brasil. Acesso em: 13 fev. 2024.
CANGUILHEM, Georges. O Normal e o Patológico. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.
CAPONI, Sandra (org.). Classificar e medicar: a gestão biopolítica dos sofrimentos psíquicos. In: CAPONI, Sandra. A Medicalização da vida como estratégia biopolítica. São Paulo: Editora LiberArs, 2016. p. 97-114.
CAPONI, Sandra. O DSM-V como dispositivo de segurança. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 3, p. 741-763, 2014.
CAPONI, Sandra. Biopolítica e Medicalização. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 2, p. 529-549, 2009.
CHUL-HAN, Byung. Sociedade paliativa: a dor hoje. Rio de Janeiro: Vozes, 2020.
CLASTRES, Pierre. Sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: CosacNaify, 2010.
CRARY, Jonathan. Capitalismo tardio e os Fins do Sono. São Paulo: UBU, 2016.
DEJOURS, Christophe. A Loucura do Trabalho. São Paulo: Cortez, 1992.
EHRENREICH, Barbara. Sorria: como a promoção incansável do pensamento positivo enfraqueceu a américa. São Paulo: Record, 2013.
FOUCAULT, Michel. A Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 2003.
FOUCAULT, Michel. O Nascimento da Clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011.
FRANCES, Allen. Voltando ao Normal: como o excesso de diagnósticos e a medicalização da vida estão acabando com a nossa sanidade e o que pode ser feito para retomarmos o controle. Rio de Janeiro: Versal Editores, 2016.
FRASER, Nancy. Crise do Cuidado? Sobre as contradições sociorreprodutivas do capitalismo contemporâneo. In: BATTACHARYA, Tithi. (org.). Teoria da Reprodução Social: remapear a classe, recentralizar a opressão. São Paulo: Elefante, 2023. p. 45-68.
GRAEBER, David; WENGROW, David. O Despertar de Tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Editora Schwarcz, 2022.
GRAEBER, David. Dívida: os primeiros cinco mil anos. Rio de Janeiro: Zahar, 2023.
HACKING, Ian. Lost in the Forest. London Review of Books, London, v. 35, n. 15, 2013a. Não paginado.
HACKING, Ian. Making Up People. London Review of Books, London, v. 35, n. 15, 2013b. Não paginado.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Petrópolis: Vozes, 1990a. v. 1.
HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Petrópolis: Vozes, 1990b. v. 2.
HELSINGER, Natasha Mello. O que é Comprimido Hoje?. Curitiba: Appris Editora, 2020.
KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A Queda do Céu. São Paulo: Cia das Letras, 2015.
LAFARGUE, Paul. O direito ao ócio. In: DE MASI, Domenico. A Economia do Ócio. Rio de Janeiro: Ed. Sextante, 2000. p. 139-183.
LE BRETON, David. Desaparecer de si: uma tentação contemporânea. Petrópolis: Vozes, 2018.
MITJAVILA, Myriam Raquel; MATHES, Priscilla Gomes. A psiquiatria e a medicalização dos anormais: o papel da noção de transtorno de personalidade antissocial. INTERthesis: Revista Internacional Interdisciplinar, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 84-100, 2012.
MONCRIEFF, Joanna et al. The serotonin theory of depression: a systematic umbrella review of the evidence. Molecular Psychiatry, Basel, v. 28, p. 3243-3256, 2023.
RODRIGUES, José Carlos. O Tabu da Morte. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2006.
ROSE, Steven. Explicação do Cérebro, cura da alma?. In: ROSE, Steven. O Cérebro do Século XXI: como entender, manipular e desenvolver a mente. São Paulo: Globo, 2006. p. 243-266.
SAHLINS, Marshall. A Sociedade da Afluência Original. In: SAHLINS, Marshall. Cultura na prática. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2004. p. 105-151.
SENNETT, Richard. A Cultura do Novo Capitalismo e a Democracia. In: MORAES, Denis de (org.). Combates e Utopia. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2004. p. 147-164.
SIMMEL, Georg. Sociabilidade: um exemplo de sociologia pura ou formal. In: MORAIS FILHO, Evaristo (org.). Sociologia. São Paulo: Ática, 1983. p. 165-181. (Coleção Grandes Cientistas Sociais, v. 34).
THOMPSON, Edward Palmer. Tempo, disciplina de trabalho e o capitalismo industrial. In: THOMPSON, Edward Palmer. Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Cia das Letras, 1998. p. 267-304.
WHITAKER, Robert. Uma Praga Moderna. In: WHITAKER, Robert. Anatomia de uma Epidemia: pílulas mágicas, drogas psiquiátricas e o aumento assombroso da doença mental. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2017. p. 21-30.
WAIZBORT, Leopoldo. Georg Simmel: sociabilidade e moderno estilo de vida. In: LABORATÓRIO DE ANÁLISES DE SOCIABILIDADE (org.). Sociabilidades. São Paulo: Laboratório de análises de Sociabilidade, 2002. v. 2. p. 65-67.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Todo o conteúdo da revista, exceto onde indicado de outra forma, é licenciado sob uma atribuição do tipo Creative Commons BY.
O periódico Caderno CRH on-line é aberto e gratuito.