EXPERIÊNCIAS A PARTIR DO COMPONENTE PROCESSOS DE ENCENAÇÃO COMO PISTAS PARA PRÁTICAS DECOLONIAIS

Autores

  • Ana Paula Penna da Silva Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Amanda Mayer Universidade Federal da Bahia
  • Gabriel Carvalho Universidade Federal da Bahia
  • Kael Brito Universidade Federal da Bahia
  • Micaela Santos Universidade Federal da Bahia
  • Monalisa Barbosa Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/cadgipecit.51.2023.57619

Palavras-chave:

Pedagogias do Teatro, Processos de Encenação, Pedagogias Decoloniais , Processo de Criação, Processualidade

Resumo

Este artigo versa sobre reflexões emergentes a partir de nossas experiências, como professora e como estudantes, no componente curricular Processos de Encenação, desenvolvido no primeiro semestre de 2023, na Escola de Teatro/Universidade Federal da Bahia (UFBA). Tal componente, por seu caráter teórico-prático e por abarcar múltiplas perspectivas e muitos saberes envolvidos na criação de um espetáculo, suscitou que fossem colocados em prática modos mais dialógicos e horizontalizados de criação, valorizando as singularidades dos estudantes, desenvolvendo interesse pela pesquisa da linguagem, por práticas pedagógicas diferenciadas e por processos artísticos colaborativos, que em alguns casos se desdobraram para além do curso. Nesta escrita, compartilhamos as possibilidades de uma pedagogia que, buscando tirar a figura da professora do centro, coloca em evidência o conhecimento, as singularidades, os gostos e as experiências dos estudantes, em prol da difusão e criação de saberes e práticas sobre a encenação, seus processos, poéticas, estéticas, matrizes culturais. O curso resultou na criação de uma diversidade de cenas, que recorrem a distintas perspectivas cênicas: musical, cordel, performance, teatro físico, teatro de improviso e outros, com alguns estudantes criando desdobramentos a partir dessas experiências. Embora o termo decolonial não tenha sido mencionado durante as aulas da professora e pesquisadora Ana Paula Penna, orientadora do processo aqui descrito, questionamentos sobre o que seriam práticas pedagógicas decoloniais atravessaram a experiência, dando pistas sobre esta perspectiva. A experimentação se sustentou em algumas referências fundamentais: a noção de experiência, de Jorge Larrosa Bondía; as discussões acerca do surgimento do encenador – nas perspectivas de Jean-Jacques Roubine e Walter Lima Torres Neto; as Pedagogias das Encruzilhadas, de Luiz Rufino; a educação para a liberdade, de bell hooks; além da Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire.

CADERNOS DO GIPE-CIT - ISSN (online): 2675-1917 

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Biografia do Autor

Ana Paula Penna da Silva, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Atriz e performer, graduada em Interpretação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Ana Paula Penna desenvolve pesquisa de doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. É  atualmente professora substituta na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia; autora do livro Para furar muros invisíveis.

Amanda Mayer, Universidade Federal da Bahia

 Multiartista, licencianda em Teatro pela UFBA, Amanda Mayer  pesquisa a expressividade corporal e as fronteiras entre arte e terapia, a partir do cruzo entre teatro, dança, performance e poesia. Também atua como produtora e iluminadora. Atuou em REPLAY: para não esquecer (2023) - Cia. Abismus; codirigiu Silêncios Inquilinos (2023), que se desdobrou na oficina Onde Mora Meu Silêncio?; e produziu o evento independente Cabaretta: Fodam-se os Caretas.

Gabriel Carvalho, Universidade Federal da Bahia

Gabriel Carvalho é formado em Letras Vernáculas e graduando em Direção Teatral, ambos pela UFBA. Atua como poeta, roteirista e dramaturgo, além de produtor cultural da Carranca Produções e da Praça Produções Culturais. É diretor e roteirista do projeto audiovisual Histórias Grapiúnas, pesquisa documental sobre a região sul da Bahia.

Kael Brito, Universidade Federal da Bahia

Artista da dança e do teatro, natural de Salvador, Kael Brito cursa Licenciatura em Teatro na UFBA. Atuou nos espetáculos O Último Tolo Dinamarquês (2023) e REPLAY – Para Não Esquecer (2023), que foram dirigidos por Gabriel Nascimento. Codirigiu e produziu a cena de Teatro Musical Meu Coração de Jonas, com Gabri Tavares. No audiovisual, participou do curta Paranóias (2023), de Clara Flores. Tem experiência com ballet clássico, street jazz, sapateado e canto.

Micaela Santos, Universidade Federal da Bahia

 Atriz e estudante da Licenciatura em Teatro da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Micaela Santos é bolsista no Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais da UFBA.

Monalisa Barbosa, Universidade Federal da Bahia

Multiartista, licencianda em Teatro pela UFBA, Amanda Mayer pesquisa a expressividade corporal e as fronteiras entre arte e terapia, a partir do cruzo entre teatro, dança, performance e poesia. Também atua como produtora e iluminadora. Atuou em REPLAY: para não esquecer (2023) – Cia. Abismus; codirigiu Silêncios Inquilinos (2023), que se desdobrou na oficina Onde Mora Meu Silêncio?; e produziu o evento independente Cabaretta: Fodam-se os Caretas.

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Publicado

2024-04-24 — Atualizado em 2024-04-24

Versões

Como Citar

Penna da Silva, A. P., Mayer, A. ., Carvalho, G. ., Brito, K., Santos, M., & Barbosa, M. (2024). EXPERIÊNCIAS A PARTIR DO COMPONENTE PROCESSOS DE ENCENAÇÃO COMO PISTAS PARA PRÁTICAS DECOLONIAIS. Cadernos Do GIPE-CIT, (51), 162–184. https://doi.org/10.9771/cadgipecit.51.2023.57619