A RESISTÊNCIA DE O REI DA VELA AO SEU “ENGAVETAMENTO” DE 1933 E À REPRESSÃO DE 1968
Parole chiave:
Teatro, Oswald de Andrade, O rei da vela, CensuraAbstract
Este artigo investiga a peça O rei da vela de Oswald de Andrade, escrita em 1933, focando no "engavetamento" até 1967 e na censura durante a ditadura militar de 1968. O estudo analisa como esses eventos refletem a resistência da peça às normas teatrais estabelecidas e sua contribuição para a inovação modernista no teatro brasileiro. A pesquisa contextualiza o ambiente histórico e teatral das décadas de 1930 e 1960, destacando a importância da dramaturgia de Andrade para o modernismo. A repressão ideológica do Estado Novo e a censura militar são discutidas como respostas às propostas audaciosas da peça, evidenciando a resistência enfrentada por O rei da vela. A análise crítica revela que a trajetória da peça sublinha a contribuição significativa de Andrade para a ruptura com convenções e o avanço do teatro moderno no Brasil. O estudo também mostra que o veto e a incompreensão que a peça enfrentou refletem sua relevância e inovação artística, confirmando a importância de O rei da vela como uma investida fundamental para a renovação do teatro brasileiro.
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