A subjetividade sob o regime de acumulação financeirizado: uma análise sobre a construção da consciência no ápice da mistificação capitalista
Palavras-chave:
Financeirização, Subjetividade, Capitalismo, FeticheResumo
O artigo visou contribuir para a compreensão materialista histórico-dialética dos processos de subjetivação na conformação financeirizada do capitalismo contemporâneo, em que os ditames da propriedade se sobrepõem aos da produção. Para tanto, apoia-se na articulação entre a representação burguesa do real desvendada por Marx (2017a, 2017b) e a teoria de Leontiev (2024) sobre a formação da consciência na sociedade de classes. Nessa empreitada, identificou que, à medida que o capital se desvincula do processo real de valorização, a consciência dos sujeitos se afasta da realidade concreta e se refugia no repúdio à vida real. Conclui-se que as reconfigurações nas relações sociais de produção e na representação burguesa do real devem ser incorporadas e representadas pelo sistema de significados que conforma a consciência de classe.
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