Entre o controle de corpos e fronteiras
a cruzada monogâmica na regularização migratória no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58549Resumo
Este trabalho soma-se aos debates sobre os efeitos excludentes da monogamia, chamando a atenção para o seu lugar nos processos que concernem à regularização de imigrantes pela via do casamento no Brasil, processo tipificado como unificação familiar nas leis de migração vigentes no país. Tanto os procedimentos institucionalizados quanto as experiências de imigrantes revelam que o agir do Estado vai além da lei, mobilizando imaginários morais sobre família e exigindo a encenação de coreografias monogâmicas como único atestado possível de merecimento de pertença ao corpo nacional. Esse interregno entre a lei e a norma em que se insere a regularização migratória faz dela, antes de mais nada, um exercício de violência administrativa que tem como principais desdobramentos o intenso escrutínio moral e a retirada de direitos fundamentais aos imigrantes.
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