Entre o controle de corpos e fronteiras

a cruzada monogâmica na regularização migratória no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58549

Resumo

Este trabalho soma-se aos debates sobre os efeitos excludentes da monogamia, chamando a atenção para o seu lugar nos processos que concernem à regularização de imigrantes pela via do casamento no Brasil, processo tipificado como unificação familiar nas leis de migração vigentes no país. Tanto os procedimentos institucionalizados quanto as experiências de imigrantes revelam que o agir do Estado vai além da lei, mobilizando imaginários morais sobre família e exigindo a encenação de coreografias monogâmicas como único atestado possível de merecimento de pertença ao corpo nacional. Esse interregno entre a lei e a norma em que se insere a regularização migratória faz dela, antes de mais nada, um exercício de violência administrativa que tem como principais desdobramentos o intenso escrutínio moral e a retirada de direitos fundamentais aos imigrantes.

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Biografia do Autor

Yarlenis Malfrán, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora Visitante no Bacharelado em Relações Internacionais na Universidade Federal do ABC (UFABC).

Andreone Teles Medrado, Universidade de São Paulo

Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP).

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Publicado

2025-02-22

Como Citar

Malfrán, Y., & Teles Medrado, A. . (2025). Entre o controle de corpos e fronteiras: a cruzada monogâmica na regularização migratória no Brasil . Revista Periódicus, 1(21), 318–338. https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58549

Edição

Seção

Dossiê 21 - Desafiar a monogamia: biopolíticas emergentes das dissidências relac