A colonialidade do amor

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58668

Resumo

Os processos de colonização de Abya Yala foram possíveis graças à nuclearização das formas originais de organização coletiva e comunitária. O projeto de civilização e desbarbarização dos indígenas significou incorporá-los à instituição da família nuclear, monogâmica, heterossexual, com moral cristã e centrada no casal, útil para a apropriação do território e do trabalho livre local e que possibilitou impor, primeiro, a instituição do Estado colonial e, depois, o republicano. Embora a afetividade apareça como aspiração libertadora nos contextos de violência estrutural, ela é utilizada de forma calculada como instrumento de dominação para manter a obediência das mulheres, desterritorializá-las do seu corpo, sexualidade, trabalho e função reprodutiva. Descolonizar o amor implica desestruturar o amor romântico que serviu à continuidade colonial, separando o amor, a sexualidade e o casal, aparentemente indissolúveis.

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Biografia do Autor

Norma Mogrovejo, Universidad Autónoma de la Ciudad de México

Profesora investigadora en la Universidad Autónoma de la Ciudad de México (UACM).

Publicado

2025-02-22

Como Citar

Mogrovejo, N. (2025). A colonialidade do amor. Revista Periódicus, 1(21), 445–461. https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58668

Edição

Seção

Dossiê 21 - Desafiar a monogamia: biopolíticas emergentes das dissidências relac