A colonialidade do amor
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58668Resumo
Os processos de colonização de Abya Yala foram possíveis graças à nuclearização das formas originais de organização coletiva e comunitária. O projeto de civilização e desbarbarização dos indígenas significou incorporá-los à instituição da família nuclear, monogâmica, heterossexual, com moral cristã e centrada no casal, útil para a apropriação do território e do trabalho livre local e que possibilitou impor, primeiro, a instituição do Estado colonial e, depois, o republicano. Embora a afetividade apareça como aspiração libertadora nos contextos de violência estrutural, ela é utilizada de forma calculada como instrumento de dominação para manter a obediência das mulheres, desterritorializá-las do seu corpo, sexualidade, trabalho e função reprodutiva. Descolonizar o amor implica desestruturar o amor romântico que serviu à continuidade colonial, separando o amor, a sexualidade e o casal, aparentemente indissolúveis.
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