“Tenho medo de voltar a ser monogâmica”

a não monogamia e o dilema da anarquia relacional na pandemia de covid-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58765

Resumo

Este artigo objetiva discutir a não monogamia pela perspectiva de pessoas negras, especialmente como o arranjo foi articulado no período de pandemia de covid-19. O discurso emocional sobre o medo oferece pistas para compreender a inviabilidade da prática do princípio de anarquia relacional, tido por “ideal” para a não monogamia. Se aparece o receio de morrer em decorrência do encontro com outras pessoas e com o vírus que assola o mundo, por um lado; por outro, há o temor da aproximação com um modelo monogâmico de relação e o que ele envolve, vistas as restrições impostas pelo isolamento físico. Metodologicamente, conjugamos análise de conteúdo das postagens no interior do grupo de Facebook Afrodengo – Amores Livres e entrevistas em profundidade com seus fundadores. Os resultados sugerem que o medo de voltar a ser uma pessoa monogâmica, declarado pelos interlocutores, tem a ver com o passar por cima de alguns aspectos da anarquia relacional ou estar mais afastado deles durante a pandemia.

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Biografia do Autor

Rhuann Fernandes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutorando e mestre em Ciências Sociais no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Júlia Fleury Ferreira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestra em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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Publicado

2025-02-22

Como Citar

Fernandes, R., & Fleury Ferreira, J. . (2025). “Tenho medo de voltar a ser monogâmica”: a não monogamia e o dilema da anarquia relacional na pandemia de covid-19. Revista Periódicus, 1(21), 103–131. https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58765

Edição

Seção

Dossiê 21 - Desafiar a monogamia: biopolíticas emergentes das dissidências relac