Baratinar a norma, interpelar a norma, apavorar a norma
por outros modos de capturar e desarticular a branquitude como poder normativo que sejam pensados desde o campo da linguagem
DOI:
https://doi.org/10.9771/peri.v1i22.61672Resumo
“A injúria linguística parece resultar não apenas das palavras utilizadas para se dirigir a alguém, mas também do próprio modo de endereçamento, um modo – uma disposição ou um posicionamento convencional- que interpela e constitui o sujeito” é o que nos diz Judith Butler (2021). Ou seja, mesmo um insulto, por mais torpe e insidioso que seja, é capaz de fundar o ser na e através da linguagem. Muitas vezes é ele mesmo quem cria e aumenta o tempo de vida daquilo ou daquele que almejava aniquilar. Ora, se o sentido de tudo aquilo que é dito só pode ser concebido porque existem pausas marcando as durações e a rítmica discursiva, então será nos silêncios e no inconfesso onde moram as verdadeiras significações das coisas? A branquitude enquanto instituição de poder possui um lugar de privilégio na sociedade muitas vezes por seu lugar de neutralidade no discurso, por transitar entre os silêncios. De tal modo que podemos concluir que é ali, justamente, nos silêncios, nas pausas que fundam as significações que o seu poder é instituído. Enquanto outros seres são chamados ela se esconde nas clivagens do som, nas brechas entre um chamamento e outro. O que acontece quando interpelamos o silêncio?
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