Descolonizando o amor

relacionamentos afrocentrados e o rompimento com a monogamia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58591

Resumo

Os impactos da colonização interferem em diversos âmbitos da vida da população negra, incluindo seus afetos. Nesse contexto, as relações afetivo-sexuais afrocentradas aparecem enquanto uma estratégia de cura e resistência. No entanto, a estrutura monogâmica e os ideais eurocentrados sobre amor impactam a construção dessas relações, de modo que reproduzam opressões. Por isso, parte dessa população tem se movimentado para descolonizar sua visão acerca do amor e construir relacionamentos contracoloniais. O trabalho objetiva compreender as relações afrocentradas, a ruptura com a estrutura monogâmica e a transformação da vivência racial de pessoas negras, a partir da revisão narrativa. Neste artigo, é possível compreender os impactos coloniais na vivência afetiva de pessoas negras, o encontro entre elas, enquanto estratégia transformadora da experiência subjetiva, e o senso de comunidade e pertencimento atuante na transformação de seus relacionamentos.

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Biografia do Autor

Giovana Carla de Jesus Santos, Universidade do Estado de Minas Gerais

Discente do curso de psicologia na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), participante dos núcleos de pesquisa e extensão Práticas Interseccionais e Participativas (PIPA) e Núcleo de Projetos de Apoio Psicossocial a Estudantes (NUPAPE). Estudante voluntária na pesquisa O amor tem cor: relações afetivo-sexuais afrocentradas enquanto espaço de cura e resistência e no projeto de extensão Intervenções grupais institucionalistas como contribuições ao acolhimento e inclusão de pessoas negras nas universidades públicas e comunidade externa local.

Lidia Sousa Santos, Universidade do Estado de Minas Gerais

Discente do curso de psicologia na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), unidade Divinópolis, bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) na pesquisa O amor tem cor: relações afetivo sexuais afrocentradas enquanto espaço de cura e resistência, participante do grupo de pesquisa e extensão Práticas Interseccionais e Participativas (PIPA).

Letícia Cardoso Barreto , Universidade do Estado de Minas Gerais

Letícia Cardoso Barreto é psicóloga social feminista e professora da área de Psicologia Social da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), na cidade de Divinópolis. É doutora em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com área de concentração em estudos de gênero; mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com área de concentração em Psicologia Social e psicóloga formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Realizou estágio pós-doutoral junto ao Observatório Interinstitucional Mariana-Rio Doce, vinculado ao Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É coordenadora do grupo de pesquisa e extensão PIPA - Práticas Interseccionais e Participativas, vinculado à UEMG/Divinópolis e registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Coordena projetos de pesquisa e extensão com destaque para a pesquisa "Psicologia Social, Feminismos e suas interfaces" que está mapeando a produção acadêmica no campo e que é financiada com bolsa produtividade PQ UEMG desde 2022. É sócia da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) e atual vice-presidente da regional Minas Gerais (gestão 2022/23). 

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Publicado

2025-02-22

Como Citar

Santos, G. C. de J., Santos, L. S., & Barreto , L. . C. (2025). Descolonizando o amor: relacionamentos afrocentrados e o rompimento com a monogamia. Revista Periódicus, 1(21), 298–317. https://doi.org/10.9771/peri.v1i21.58591

Edição

Seção

Dossiê 21 - Desafiar a monogamia: biopolíticas emergentes das dissidências relac