CAMPESINOS, CONFLICTOS Y POLÍTICAS MEDIOAMBIENTALES EN LA CUENCA DEL XINGU (PA)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.9771/ccrh.v38i0.65510

Palabras clave:

Territorialización, Campesinado amazónico, Conservación ambiental, Ríos Xingu e Iriri (Pará, Brasil)

Resumen

El objetivo de este artículo es discutir los procesos de territorialización en la cuenca del río Xingú, en la Amazonia brasileña, que involucran a diferentes grupos campesinos. Más concretamente, nos centramos en los procesos de ocupación que se han desarrollado en el centro-suroeste del estado de Pará desde finales del siglo XIX y principios del siglo XXI, que han dado lugar al surgimiento de un campesinado forestal vinculado a la economía del caucho, cuyas familias se autoidentifican como beiradeiras, pero que también han implicado el desplazamiento de grupos de campesinos migrantes que se autodenominan colonos. Analizamos cómo este proceso se relacionó con la creación de una unidad de conservación restrictiva, creando un conflicto que continúa hasta hoy. A partir de investigaciones etnográficas realizadas en los últimos 15 años, nos proponemos reflexionar sobre las dinámicas regionales, los actores económicos en cuestión y el papel del Estado en los procesos de territorialización campesina y los conflictos en cuestión. Consideramos que la falta de coordinación entre las instancias administrativas perpetúa la situación de vulneración de derechos, al igual que la dificultad para incorporar mecanismos como el Convenio 169 de la OIT. Finalmente, la falta de acceso a los derechos territoriales por parte de los grupos campesinos contribuye al fortalecimiento de actores vinculados a actividades ilegales, favoreciendo el acaparamiento de tierras, la deforestación y el saqueo de tierras indígenas y unidades de conservación.

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Biografía del autor/a

Natalia Ribas Guerrero, Universidade Federal do Pará

Doutora em Antropologia Social junto à Universidade de São Paulo (USP), com mestrado em Geografia Humana pela mesma instituição. Professora do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares (Ineaf) da Universidade Federal do Pará (UFPA), atuando também no Programa de Pós-graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA). Tem experiência de pesquisa em temas ligados a conflitos socioambientais e fundiários, destacadamente envolvendo direitos de povos e comunidades tradicionais e políticas ambientais. Principais áreas de atuação incluem os estados do Maranhão e Pará, em especial as bacias dos rios Tapajós e Xingu. Presentemente, coordena o grupo de pesquisa Grupo de Estudos de Ecologia Histórica e Política nas Bacias do Trombetas, Tapajós e Xingu (GEHHeP) e integra o grupo Campesinato, Território e Conflitos na Amazônia.

Mauricio Torres, Universidade Federal do Pará

Mestre e Doutor em geografia humana pela Universidade de São Paulo, professor do Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares – Ineaf/UFPA, com pesquisas sobre conflitos territoriais envolvendo camponeses e povos indígenas.

 

CONTRIBUIÇÃO DE AUTORIA:

Natalia Ribas Guerrero – Conceitualização. Investigação. Administração do projeto. Metodologia. Aquisição de financiamento. Supervisão. Escrita – esboço original. Escrita – revisão e edição.

Mauricio Torres – Conceitualização. Investigação. Administração do projeto. Aquisição de financiamento. Metodologia. Supervisão. Escrita – esboço original. Escrita – revisão e edição.

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Publicado

2025-09-01

Cómo citar

Ribas Guerrero, N., & Torres, M. . (2025). CAMPESINOS, CONFLICTOS Y POLÍTICAS MEDIOAMBIENTALES EN LA CUENCA DEL XINGU (PA). Caderno CRH, 38, e025049. https://doi.org/10.9771/ccrh.v38i0.65510

Número

Sección

Dossiê 1