Os espaços estão vivos: da Arte Ambiental de Hélio Oiticica ao Teatro Ambiental de Richard Schechner

Autores

  • Moacir Romanini Junior Unicamp - Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.9771/rr.v1i01.62579

Palavras-chave:

Arte Ambiental, Espaço, Performatividade, Teatralidade, Teatro Ambiental

Resumo

O presente estudo busca aproximar os conceitos de Arte Ambiental, de Hélio Oiticica, e Teatro Ambiental, de Richard Schechnner, na tentativa de contribuir com os estudos nas Artes da Cena preocupados com as relações entre performer e espacialidade. Para tanto, foca-se nas latências espaciais em que os ambientes são co-agentes nos processos de criação em uma convivência que permite uma espécie de sentimento do espaço, ocasionado pelos corpos em deslocamento e pelas inter-relações aí geradas. Por fim, nessa relação de comunhão com o ambiente, acredita-se que a consideração efetiva do espaço como estado de vida dá ao ato criativo a condição de ruptura cotidiana, no corpo do/a artista e no corpo do mundo.

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Biografia do Autor

Moacir Romanini Junior, Unicamp - Universidade Estadual de Campinas

Ator-performer e mestre em Artes da Cena pelo Instituto de Artes da Unicamp, Brasil. Atualmente é doutorando pela mesma instituição sob a orientação de Matteo Bonfitto Jr. Com um olhar voltado para a América Latina, sua pesquisa propõe uma investigação acerca das práticas de reinvenção de si investidas por performers latino-americanos que encontram na Earth-body-art possíveis caminhos para a dissolução entre arte e vida a favor de uma ética da presença.  

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Publicado

2025-08-01

Como Citar

Romanini Junior, M. (2025). Os espaços estão vivos: da Arte Ambiental de Hélio Oiticica ao Teatro Ambiental de Richard Schechner: . Repertório, 1(01). https://doi.org/10.9771/rr.v1i01.62579

Edição

Seção

REPERTÓRIO LIVRE