Violência Escolar

Percepção das/os professoras/es da rede municipal de Lages

Autores

  • Mareli Eliane Graupe Universidade do Planalto Catarinense http://orcid.org/0000-0001-5489-1361
  • Mickhaela Stefenon Martinez Uniplac
  • Elisa Ribeiro de Almeida Uniplac

Palavras-chave:

violência escolar, ações de prevenção e enfrentamento, professoras/es, escola

Resumo

Este artigo tem como objetivo conhecer os principais tipos de violências escolares e identificar as ações de prevenção e enfrentamento dessas violências nas escolas municipais de Lages/SC. A violência escolar 

refere-se a atos de agressão física, verbal, psicológica ou moral que ocorrem no espaço escolar, envolvendo estudantes, professoras/es ou demais membras/os da comunidade escolar, comprometendo o desenvolvimento integral e o processo educativo. A metodologia da pesquisa possui uma abordagem qualitativa e foi desenvolvida em dois momentos. No primeiro foi realizada uma revisão de literatura durante os anos de 2020 e 2021. Posteriormente, foi enviado um questionário para as/os professores/as das escolas municipais de Lages. Os dados foram interpretados de acordo com o método de análise de conteúdo qualitativo de Mayring (2002). Os resultados apontam que a violência física (bater, empurrar, jogar objetos) lidera a lista dos tipos de violências, e ocorre especialmente entre estudantes. Na sequência constam as violências moral e psicológica (humilhação, piadas, ameaças, palavrões). Foram identificadas algumas ações isoladas de prevenção (palestras, vídeos, distribuição de cartilhas) e a ausência de uma política ou programa de prevenção em âmbito municipal.  As principais ações de enfrentamento foram: solicitar apoio da gestão, de  policiais, conversar com familiares. Em síntese, é importante a construção de um programa municipal de prevenção e de enfrentamento das violências na rede escolar.

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Biografia do Autor

Mareli Eliane Graupe, Universidade do Planalto Catarinense

Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação (20h) e do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Saúde (20h) na Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC/SC). Coordena o grupo de pesquisa Gênero, Educação e Cidadania na América Latina (GECAL/UNIPLAC). Coordenadora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Educação na UNIPLAC/SC. Licenciada em Pedagogia (2001) e mestra em Educação nas Ciências pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ (2004), doutora em Educação e Cultura pela Universidade de Osnabrueck, Alemanha (2010), revalidação UFSM (2010). Pós-doutora pelo Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas, UFSC (2011) e pós-doutora pelo Programa de Antropologia Social, UFSC (2012). É pesquisadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG/UFSC), (LEVIS/UFSC) e da REDE LIESS (Laboratorio Iberoamericano para el Estudio Sociohistórico de las Sexualidades). Membra da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd).

Mickhaela Stefenon Martinez, Uniplac

Graduanda em Medicina na Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC).

Elisa Ribeiro de Almeida, Uniplac

Graduanda em Medicina na Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC).

Referências

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Publicado

2025-05-24

Como Citar

Graupe, M. E., Martinez, M. S. ., & Almeida, E. R. de . (2025). Violência Escolar: Percepção das/os professoras/es da rede municipal de Lages. Cadernos De Gênero E Diversidade, 11(01), 52–78. Recuperado de https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/65579

Edição

Seção

Artigos