A PROTEÇÃO DO NOME COMO DIREITO DA PERSONALIDADE E A ALTERAÇÃO DO PRENOME DE PESSOAS TRANSEXUAIS NO RE 670.422/RS E NA ADI 4.275
DOI:
https://doi.org/10.9771/rds.v6i2.61582Palabras clave:
Identidade de gênero, Prenome, TransexuaisResumen
O presente artigo tem por objetivo abordar sobre o direito fundamental à identidade do sujeito trans, com observância à proteção do nome como direito da personalidade. Pretende-se, ainda, analisar os julgamentos do Recurso Extraordinário (RE) 670.422/RS e da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4.275, favoráveis à alteração do prenome e da classificação de gênero no registro civil pela via administrativa, independentemente de procedimento cirúrgico e laudos médicos. Para tanto, far-se-á revisão doutrinária para fundamentar o reconhecimento dos direitos relativos aos transexuais. Evidencia-se que a existência de legislação específica sobre o tema seria importante para maior segurança jurídica, mas que decisões como essas representam um avanço na direção da salvaguarda dos direitos das pessoas trans.
Descargas
Citas
ALENCAR, Amanda Palhano. Repercussão do nome no exercício da cidadania do sujeito transgênero. 2019. Disponível em: http://clyde.dr.ufu.br/bitstream/123456789/27857/1/Repercuss%C3%A3oNomeExerc%C3%ADcio.pdf. Acesso em: 15 dez. 2023.
ARAÚJO, Luís Alberto David. A proteção Constitucional do Transexual. São Paulo: Saraiva, 2000.
BAHIA, Carolina Medeiros; CANCELIER, Mikhail Vieira de Lorenzi. NOME SOCIAL: Direito da personalidade de um grupo vulnerável ou arremedo de cidadania?. Revista Húmus. São Luís, v. 7, n. 19, p. 91 a 109, 2017.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 4.275. Relator: Ministro Marco Aurélio. Julgado em 01/03/2018, Dje 07/03/2019. Disponível em <https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur399205/false> Acesso em 25 jan. 2024.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário 670.422-RS. Relator: Min. Dias Toffoli. Julgado em 15/08/2018, Dje 10/03/2020. Disponível em: <https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur420306/false>. Acesso em 25 jan. 2024.
BUTLER, Judith P. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. Tradução Renato Aguiar, 11ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
CASTRO, Cristina Veloso de. As garantias constitucionais das pessoas transexuais. Birigui: Boreal Editora, 2016.
CHAVES, Marianna; BARRETTO, Fernanda Leão; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. A tutela jurídica da transexualidade no Brasil. Revista Nacional de Direito de Família e Sucessões. Porto Alegre, v. 3, n. 18, p. 5-31, maio/jun. 2017.
CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca. Gênero: uma perspectiva global. Tradução de Marília Moschkovich. São Paulo: nVersos, 2015.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Provimento nº 149, de 30 de agosto de 2023. Disponível em: <https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/5243>. Acesso em: 25 jan. 2024.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Parecer Consultivo OC-24/17, de 24 de novembro de 2017. Identidade de gênero, igualdade e não discriminação a casais do mesmo sexo. Disponível em: <https://www.corteidh.or.cr/opiniones_consultivas.cfm>. Acesso em: 22 jan. 2024.
CRUZ, Álvaro Ricardo de Souza. (O) Outro (e) (o) Direito. Vol. II. Belo Horizonte: Arraes, 2015.
KÜMPEL, Vítor Frederico. Mudança de nome do transexual: o registro civil mais uma vez sob
os holofotes do STF. Migalhas, 20 mar. 2018. Disponível em: <http://www.migalhas.com.
br/Registralhas/98,MI276625,51045-Mudanca+de+nome+do+transexual+o+registro+civi
l+mais+uma+vez+sob+os>. Acesso em: 28 maio 2018.
PRINCÍPIOS DE YOGYAKARTA. Princípios sobre a aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero. Tradução Jones de Freitas. 2007. Disponível em: <http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/gays/principios_de_yogyakarta.pdf>.
Acesso em: 24 jan. 2024.
REIS, Elis da Cruz; CAVALHEIRO, Nathan Pereira. O direito à alteração do prenome social no registro civil de pessoas transexuais, travestis e transgêneros no Brasil. Revista Direito e Sexualidade. Salvador, v. 2, n. 1, p. 91-109, jan./jun. 2021.
ROSENVALD, Nelson. O fato jurídico da transexualidade. Revista IBDFAM: Famílias e Sucessões. Belo Horizonte, v. 26, p. 53-77, mar./abr. 2018.
SALIH, Sara. Judith Butler e a Teoria Queer. Trad. e notas Guacira Lopes Louro. Belo Horizonte, Autêntica, 2012.
SANCHES, Patrícia Corrêa. Mudança de nome e da identidade de gênero. In: DIAS, Maria Berenice. Diversidade sexual e direito homoafetivo. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017, p. 449 a 474.
VASCONCELOS, Pedro Pais de. Direito de personalidade. Coimbra: Almedina, 2006.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: parte geral. 3a ed. São Paulo: Atlas, 2003.
VIEIRA, Tereza Rodrigues. Transexualidade, transgênero, cisgênero e o bem-estar autodeterminado. In: DIAS, Maria Berenice. Diversidade sexual e direito homoafetivo. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017, p. 393 a 402.
VIEIRA, Tereza Rodrigues. Transgênicos. Brasília: Zakarewicz, 2018.
VILLA, Aline Dias; FREITAS FILHO, Roberto. Atuação do Supremo Tribunal Federal na questão do nome social. Contribuciones a Las Ciencias Sociales. São José dos Pinhais, v.16, n.7, p. 5791-5810, 2023.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Autores

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
- A Revista se reserva o direito de efetuar, nos trabalhos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando o estilo dos autores.
- As opiniões emitidas pelos autores são de suas exclusivas responsabilidades.
- Os direitos de licenciamento utilizado pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. São permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remixar, transformar e readaptar o trabalho original para todos os fins, inclusive comerciais), desde que lhe atribuam o devido crédito pela publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação, uma vez que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).











