Relacionamentos lésbicos também podem ser abusivos
uma discussão a partir de perfis no Instagram.
Palabras clave:
Violência; Relacionamentos lésbicos; InstagramResumen
Este artigo analisa a questão das violências em relacionamentos lésbicos, tendo como lócus de pesquisa a plataforma e rede social Instagram. Por meio de uma etnografia de tela (Rocha et al., 2023), iniciamos a pesquisa seguindo os perfis do Arquivo Lésbicas Brasileiro (@arquivolesbicobrasileiro-10,6 mil seguidores) e da Brava (@brav.a_- 67,3 mil seguidores), tendo como foco as postagens relativas aos temas do amor e violências no contexto dos relacionamentos lésbicos. Através das indicações desses perfis, conhecemos e acompanhamos os perfis da @sapataoamiga (24,3 mil seguidores), @lesbicanegraecaminhao (16,0 mil seguidores), e @pretacaminhao (18,4 mil seguidores), devido à produção e circulação da temática em foco. Em nossa análise buscamos verificar como o tema das violências nos relacionamentos lésbicos emerge nos anos 2020 no Brasil através da circulação de posts, de comentários e de reações a eles.
Descargas
Citas
ASSIS, L. S. Lésbica caminhoneira e professora: uma pedagogia crítica ao regime político heterossexual. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. Disponível em: https://bdta.abcd.usp.br/directbitstream/b4a974c2-25e9-49e4-90e3-f8085d9e09ae/tc5010-Luana-Assis-Lesbica.pdf. Acesso em: 23 out. 2024
ALENCAR, R. S. Violência doméstica na relação homoafetiva de mulheres Lésbicas. 2017. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Segurança Pública) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.
AMARAL, B. F.; FRAYMAN, L.; RIOS, M. C. A toxicidade oculta em relacionamentos lésbicos. Atas de Ciências da Saúde, v. 11, n. 2, p. 185-199, 2023.
ANZALDÚA, G. A Vulva é uma Ferida Aberta e Outros Ensaios. Rio de Janeiro: A Bolha, 2021.
AVENA, D. T. A violência doméstica nas relações lésbicas: realidades e mitos. Aurora - Revista de Arte, Mídia e Política, v. 7, p. 99-107, 2010.
BACCHETTA, P. Circulações anzaldúa nas na ilha da tartaruga e na França: alguns elementos para uma historiografia densa e uma contextualidade-histórica densa. In: MARIM, C.; CASTRO, S. (Org.). Estudos em decolonialidade e gênero. Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2021.
BARRETOS, D. et al. A importância de um olhar interseccional nas pesquisas em plataformas digitais: análises sobre lesbianidades. Mídia e Cotidiano, v. 16, n. 3, p. 72-93, 2022.
BURKE, L. K.; FOLLINGSTAD, D. R. Violence in lesbian and gay relationships: theory, prevalence, and correlational factors. Clinical Psychology Review, v. 19, n. 5, p. 487-512, 1999.
CLAUDINO, A. Informe mulheres, transforme vidas: Violentômetro. 12 nov. 2021. Instagram: @sapataoamiga. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CWMCQS3JnFy/?img_index=5. Acesso em: 23 out. 2024.
CLAUDINO, A. O amor camarada sapatão. Mídia Ninja, 26 jan. 2020. Disponível em: https://midianinja.org/opiniao/o-amor-camarada-sapatao/. Acesso em: 23 out. 2024.
CLAUDINO, A. Para Repensar o Amor. 25 mai. 2022. Instagram: @sapataoamiga. Disponível em: https://www.instagram.com/p/Cd-vmMptfOd/?img_index=7. Acesso em: 23 out. 2024.
CLAUDINO, A. Sobre Mulheres que Amam Mulheres: E outras formas de afeto. 10 mai. 2022. Instagram: @sapataoamiga. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CdZkaHorZ-c/?img_index=1. Acesso em: 23 out. 2024.
COSTA, C. L. Feminismo e tradução cultural: sobre a colonialidade do gênero e a descolonização do saber. Fragmentos, n. 39, p. 45-59, 2010.
CRUZ, M. R. Solidão da mulher negra: uma história de invisibilidade afetiva. Humanas em Perspectiva, v. 1, 2021.
CUNHA, A. M. Sapatão, lésbica, caminhoneira, lady, butch: o que você queer? Uma análise da (des)construção do ethos da mulher lésbica em canais do Youtube. 2021. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2021.
DINIZ, D.; COSTA, B. S.; GUMIERI, S. Nomear feminicídio: conhecer, simbolizar e punir. Revista Brasileira de Ciências Criminais, v. 23, n. 114, p. 225-239, 2015.
DURÃES, T. S.; MACHADO, I. V. Lesbianidades e Lei Maria da Penha: problematizações a partir de uma análise jurisprudencial nos tribunais do sul do país. Gênero & Direito, v. 6, n. 2, 2017.
FERNANDES, R. Negritude e relações não monogâmicas: as dimensões micropolíticas do amor. Rio de Janeiro: Autografia, 2022.
GROSSI, M. P.; MINELLA, L. S.; LOSSO, J. C. M. Gênero e Violência: Pesquisas acadêmicas brasileiras (1975-2005). Florianópolis: Mulheres, 2006.
GROSSI, M. P. Rimando amor e dor: reflexões sobre a violência no vínculo afetivo-conjugal. In: PEDRO, J. M.; GROSSI, M. P. (Org.). Masculino, feminino, plural: gênero na interdisciplinaridade. Florianópolis: Mulheres, 1998, p. 293-313.
LIMA, F. Raça, Interseccionalidade e Violência: corpos e processos de subjetivação em mulheres negras e lésbicas. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 4, n. 2, p. 66–82, 2018.
LORDE, A. Não existe hierarquia de opressão. In: HOLLANDA, H. B. (Org.). Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019, p. 243-245.
LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, v. 22, n. 3, p. 935- 952, 2014.
MACEDO, A. C. B. Colonialidade da sexualidade: uma análise comparada e colaborativa sobre violência em relações lésbicas em Bogotá, Brasília e Cidade do México. 2020. Tese de Doutorado (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
MACHADO, C. M. Na Casa dos Sonhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
MIRANDA, J. Meu tipo é o meu tipo! 24 set. 2022. Instagram: @pretacaminhao. Disponível em: https://www.instagram.com/p/Ci5NwoeOY29/. Acesso em: 23 out. 2024.
MIRANDA, J. O meu amor sapatão não é segunda opção! 26 ago. 2020. Instagram: @pretacaminhao. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CEW_fXcHkjl/. Acesso em: 23 out. 2024.
MIRANDA, J. Textão caminhão: “Entre mulheres isso não existe!”: sobre romantização e violências nas relações entre mulheres. Instagram: @pretacaminhao. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CQJBj6HHwmf/. Acesso em: 23 out. 2024.
MOURA, S. N. C.; RAMOS, M. M. A mulher lésbica é mulher para a Lei Maria da Penha? Revista Direito e Práxis, v. 13, n. 2, p. 1168-1199, 2022.
MOTTER, J. P. J. Rebuceteias: conectividades lésbicas em tempos de covid-19. In: Encontro Regional Centro-Sul da ABCiber, 2., Anais Eletrônicos [...] 2020. Disponível em: https://abciber.org.br/simposios/index.php/virtualabciber/virtual2020/paper/view/977/494. Acesso em: 23 out. 2024.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Cadernos de Gênero e Diversidade
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Copyright (c) 2023 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a Cadernos de Gênero e Diversidade seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Para conhecer mais sobre essa licença: <https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/>.
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Cadernos de Gênero e Diversidade (CGD), do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons 4.0 Internacional, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação.
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.
