População Trans* e a universidade:
Transições, permanência e pertencimento.
Palavras-chave:
População Trans, Educação, UniversidadeResumo
A questão de gênero tem sido uma pauta muito discutida nos dias atuais, principalmente quando falamos sobre desigualdades sociais e econômicas, preconceitos e exclusão. Com um olhar focal na população trans, a presente pesquisa pretende apontar como a falta de políticas públicas, os mecanismos de exclusão e as dificuldades de conviver em um ambiente predominantemente cisheteronormativo interferem no ingresso e na permanência dessa população nas universidades. Considerando a invisibilidade das questões trans e a ausência de dados oficiais, este estudo busca aproximar-se dessas questões por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com três universitários(as) trans. A partir dos resultados levantados foi possível apontar para diversos fatores que influenciam negativamente no ingresso e permanência da população nas Instituições de Ensino Superior (IES), explorando suas experiências ao longo da trajetória do ensino básico até o ensino superior e fundamentando-se na literatura e referencial teórico existente.
Downloads
Referências
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão nº. 26 (Proc.9996923-64.2013.1.00.0000). Supremo Tribunal Federal. Tribunal. Pleno. Requerente: Partido Popular Socialista. Intimados: Congresso Nacional. Relator: Min.: Celso de Mello. 20/02/2019
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 1. ed. São Paulo: Edições 70, 2016. 277 p. ISBN 978-85-62938-04-7.
BENTO, Berenice. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Revista Estudos Feministas, v. 19, p. 549-559, 2011.
BENTO, Berenice. Transviad@s: gênero, sexualidade e direitos humanos. Salvador: EDUFBA, 2017.
BUTLER, Judith. Corpos que importam: Os limites discursivos do “sexo”. 1. ed. São Paulo: N-1 edições, 2019
BORTOLETTO, Guilherme Engelman. As siglas e seus porquês. In: BORTOLETTO, Guilherme Engelman. LGBTQIA+: identidade e alteridade na comunidade. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão de Produção Cultural) - Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. f. 10-11 Disponivel em:<https://paineira.usp.br/celacc/sites/default/files/media/tcc/guilherme_engelman_bortoletto.pdf>
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2016. 496 p. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf. Acesso em: 27 de junho 2024.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Editora Paz e Terra, 2014.
GOMES, Bianca; FAHEINA, Caio; KER, Jão. No ensino superior, o espelho da exclusão de pessoas trans. Estadão, São Paulo, 5 de jun. 2019. Disponível em: <https://arte.estadao.com.br/focas/capitu/materia/no-ensino-superior-o-espelho-da-exclusao-de-pessoas-trans>. Acesso em: 20 de set. de 2022
IAZZETTI, Brume. Existe 'universidade' em pajubá? : transições e interseccionalidades no acesso e permanência de pessoas trans*. 2021. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Instituto de filosofia e ciências humanas, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2021.
JESUS, Jaqueline Gomes de. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Guia técnico sobre pessoas transexuais, travestis e demais transgêneros, para formadores de opinião, v. 2, Brasília: Revista e Ampliada, 2012 E-book.
LACERDA de, Milena Carlos; ALMEIDA, Guilherme. Exclusão “da” e “na” educação superior: os desafios de acesso e permanência para a população trans. Revista Em Pauta: teoria social e realidade contemporânea, v. 19, n. 47, 2021.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. 6 a Edição. Petrópolis: vozes, 2003.
MORÉ, Carmen. A “entrevista em profundidade” ou “semiestruturada”, no contexto da saúde Dilemas epistemológicos e desafios de sua construção e aplicação. CIAIQ2015, Santa Catarina, v. 3, p. 126-131, 2015.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. A pesquisa narrativa: uma introdução. Revista brasileira de linguística aplicada, v. 8, p. 261-266, 2008.
PISCITELLI, Adriana. “Gênero: a história de um conceito”. In: ALMEIDA, Heloísa. B.; SZWAKO, José E. Diferenças, igualdade. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, p. 116-148, 2009.
PONTES de, J. C.; DA SILVA, C. G. Cisnormatividade e passabilidade: Deslocamentos e diferenças nas narrativas de pessoas trans. Revista Periódicus, [S. l.], v. 1, n. 8, p. 396–417, 2018. DOI: 10.9771/peri.v1i8.23211. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/23211. Acesso em: 17 maio. 2023.
SANTOS, Adriana Lohanna dos. Formação das pessoas transexuais na Universidade Federal de Sergipe : enfrentamento e resistência das normas de gênero no espaço acadêmico. 2018. 90 f. Dissertação (Mestrado em Educação)–Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, Sergipe, 2017.
SAYONARA, NAIDER, BONFIM, NOGUEIRA. (Brasil). Redetrans (org.). CensoTrans: reflexões sobre os dados do censo trans. São Paulo: Redetrans, 2020. 50 p.
SCOTE, Fausto Delphino. Será que temos mesmo direitos a universidade? O desafio do acesso e a permanência de pessoas transexuais no Ensino Superior. 2017. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pós Graduação em Educação, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2017.
TURATO, Egberto Ribeiro. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Revista de Saúde pública, v. 39, p. 507-514, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Cadernos de Gênero e Diversidade
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2023 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a Cadernos de Gênero e Diversidade seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Para conhecer mais sobre essa licença: <https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/>.
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Cadernos de Gênero e Diversidade (CGD), do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons 4.0 Internacional, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação.
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.
