A aplicabilidade do controle de convencionalidade pelo STF para a promoção da igualdade de gênero de mulheres no Brasil

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Palabras clave:

Controle de convencionalidade. Igualdade de gênero. Supremo Tribunal Federal.

Resumen

O presente artigo possui como objetivo analisar a aplicabilidade dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos, por meio do mecanismo de controle de convencionalidade, no Supremo Tribunal Federal, a fim de promover a igualdade de gênero de mulheres no Brasil. Assim, traz como problemática a capacidade que os Tratados Internacionais de Direitos Humanos têm como aliados do STF para promover a igualdade de gênero. Isso por que, com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45 de 2004, os Tratados Internacionais de Direitos Humanos atingiram status de emenda constitucional, ganhando maior visibilidade no ordenamento jurídico brasileiro. Além disso, a discussão acerca dos direitos das mulheres vem ganhando cada vez mais ênfase, tendo em vista que a sociedade está em constante evolução e que as mulheres vêm ocupando espaços antes não aceitos. Portanto, no decorrer deste artigo será possível vislumbrar que o controle de convencionalidade é um grande aliado do ordenamento jurídico brasileiro para a promoção da igualdade de gênero que tanto se almeja  no Brasil. E que, o STF tem uma função importantíssima na aplicação dos Tratados Internacionais, uma vez que é o órgão brasileiro supremo no âmbito jurídico, mas, no entanto, não o aplica com a frequência e visibilidade necessária.

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Biografía del autor/a

Vitória Santana dos Reis, UNICNEC - Osório

Advogada. Bacharela em Direito pelo Centro Universitário Cenecista de Osório- UNICNEC. 

Aline Andrighetto

Doutora em Direito Público pela UNISINOS, pesquisadora e professora no Centro Universitário Cenecista de Osório- UNICNEC.

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Publicado

2025-06-28

Cómo citar

Reis, V. S. dos ., & Andrighetto, A. (2025). A aplicabilidade do controle de convencionalidade pelo STF para a promoção da igualdade de gênero de mulheres no Brasil. Cadernos De Gênero E Diversidade, 11(2), 407–434. Recuperado a partir de https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/55531

Número

Sección

Artigos