A Tecnologia de Gênero na análise de documentários

uma análise comparada de obras de Eliza Capai

Autores

Palavras-chave:

gênero, tecnologia de gênero, eliza capai, documentário

Resumo

As mulheres diretoras desempenham um papel importante na forma como percebemos e compreendemos narrativas em documentários. A abordagem feminina posta em debate levanta possibilidades acerca de diferentes perspectivas, podendo elas tratarem de diferentes sensibilidades, trazendo à tona histórias que podem ter sido negligenciadas ou sub-representadas. Ao construírem a narrativa de documentários, as diretoras mulheres podem trazer um outro olhar sobre a construção dos personagens e histórias dos temas tratados, sejam eles homens, mulheres ou coisas. Através de suas lentes, as histórias documentadas ganham vida de maneira diferente, desafiando estereótipos e ampliando o entendimento coletivo sobre as experiências humanas. Assim, o presente artigo busca trazer as contribuições de Teresa De Lauretis, criadora do conceito de tecnologia de gênero, para analisar as produções documentais Elize Matsunaga: Era uma vez um crime (2021) e Incompatível com a vida (2023), ambos da diretora brasileira Eliza Capai.

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Biografia do Autor

Isabela Tosta Ferreira, LABJOR - UNICAMP

Isabela Tosta Ferreira é bolsista de jornalismo científico no CEPID NeuroMat (FAPESP 2013/076990). É graduada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina, pós-graduanda em Gestão de Projetos Culturais, e pesquisa as relações entre difusão científica e iniciativas Wiki. Recentemente foi aceita no Programa de Pós-Graduação em Divulgação Científica e Cultural (PPG-DCC) do LABJOR-UNICAMP, para pesquisar relações de gênero e Wikipédia.

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Publicado

2025-08-20

Como Citar

Tosta Ferreira, I. (2025). A Tecnologia de Gênero na análise de documentários: uma análise comparada de obras de Eliza Capai. Cadernos De Gênero E Diversidade, 11(3), 799–822. Recuperado de https://revbaianaenferm.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/62419

Edição

Seção

Artigos